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Sintomas de Raiva em cachorro: o que devo saber?

Atualizado: 25 de mai.




A raiva é uma doença viral que afeta o sistema nervoso central e pode acometer todos os animais mamíferos, incluindo o cão e o ser humano. É uma das zoonoses mais importantes devido à gravidade do quadro clínico provocado.



No ser humano, 99% dos casos de raiva são causados pela mordida de um cão infetado. Metade da população mundial vive em zonas endémicas e, todos os anos, a doença provoca a morte de cerca de 59 000 pessoas, principalmente crianças nas zonas rurais de países em vias de desenvolvimento de África e da Ásia.

É uma doença que está incluída na lista do Código Sanitário dos Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e é de declaração obrigatória à OIE.



Etiologia



O agente causador da raiva é um vírus de RNA linear da família Rhabdoviridae e do género Lyssavirus. Este género inclui doze espécies diferentes, sendo o vírus da raiva clássico (RABV) o mais importante para a saúde pública e saúde animal.

Embora muitos mamíferos possam ser hospedeiros da raiva, o seu principal vetor são os animais carnívoros, frequentemente cães e gatos. Também podem estar envolvidas outras espécies de carnívoros ou os quirópteros, dependendo da área geográfica. Portanto, na Europa, os morcegos e as raposas podem atuar como reservatórios de raiva.

A infeção é transmitida através da saliva, pela mordida de um animal infetado. A raiva em cães tem um período de incubação que pode chegar até aos 2 anos, embora geralmente se situe nas 3-8 semanas, dependendo do local de inoculação (menor duração quanto mais próxima estiver a ferida do SNC) e da densidade da inervação.

Assim que a infeção é contraída, a excreção de partículas viral pode iniciar-se até 13 dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas e continuar durante o período sintomático até à morte do animal.





Raiva em cães: quadro clínico


O período clínico da raiva em cães costuma durar 5 a 7 dias. Começa com um período prodrómico de 1 ou 2 dias que, muitas vezes, passa despercebido e é caracterizado por uma alteração repentina no comportamento. Este estado é seguido de um período sintomático de cerca de 2 ou 3 dias, que pode durar até 5 dias.


Depois da fase prodrómica, a infeção manifesta-se de duas formas: raiva furiosa ou raiva muda. Há animais que podem alternar entre estas formas, mas, depois do aparecimento da sintomatologia, a doença é quase sempre mortal. A morte costuma ocorrer 3-7 dias depois do final do período prodrómico.


Na forma furiosa da raiva, o cão mostra-se inquieto, as pupilas estão dilatadas, ocorre perda do reflexo corneano, o animal fica em alerta, emite uivos roncos e mostra-se insensível à dor. Também pode apresentar fotofobia e hidrofobia, atirar-se a objetos imaginários e morder de forma agressiva qualquer elemento que encontre, pelo que muitas vezes o focinho aparece lacerado e com feridas nas gengivas. O apetite é afetado e o cão pode ingerir pedras ou terra, entre outros. Num período de 1 a 4 dias, esta sintomatologia é substituída por ataxia progressiva, convulsões e paralisia ascendente.


Na forma muda da raiva, o cão permanece quieto e apenas morde quando é provocado. Pode esconder-se e apresenta o olhar alerta da forma furiosa. Sofre paralisia e tremores musculares e um sinal característico tardio é a paralisia da mandíbula e da língua, que fica pendurada a sair da boca. Há hipersalivação, e o cão não consegue comer nem beber. A paralisia vai aumentando e a morte ocorre uns dias depois, geralmente devido à paralisia nos músculos respiratórios.


Prevenção e situação


A estratégia principal de prevenção da raiva em cães são as campanhas de vacinação. Estima-se que a vacinação de 70% da população canina nos países ainda infetados possa erradicar a raiva canina e, consequentemente, os casos no ser humano.

A vacinação antirrábica anual é obrigatória por lei. Por causa das campanhas de vacinação, o Brasil se tornou referência mundial no combate à doença – os casos diminuíram drasticamente desde a década de 90 e chegaram a zero em 2014. A vacinação e a guarda responsável de animais erradicaram a doença no país.

Com isso, o Brasil serviu de exemplo para o mundo e mostrou que é possível controlar a raiva de forma humanitária.

Infelizmente, em outros países ainda são usados métodos cruéis e ineficientes. Entre eles, o sacrifício de animais de rua.

Para continuar combatendo a doença de forma ética e evitar que animais e humanos sofram por conta da raiva, é importante conscientizar todos brasileiros sobre a necessidade de vacinar seus cães e gatos.

É importante manter atualizado a carteirinha de vacinação. Aqui no Animal Vet trabalhamos com as melhores vacinas do mercado. Agende um horário conosco ou vá até a nossa unidade.



Conclusões


A raiva é uma zoonose de ampla distribuição mundial que representa um grave problema de saúde pública devido à gravidade do seu quadro clínico, que, na ausência de tratamento, leva à morte. O principal vetor da doença é os cães, nos quais a doença pode manifestar-se de duas formas: raiva furiosa ou raiva muda. A vacinação da população canina é a principal ferramenta de prevenção.




Este artigo é meramente informativo. Não nos responsabilizamos por tratamento baseado no artigo. Não dispensando a consulta médica veterinária. Em caso de dúvida consulte o médico veterinário aqui na ANIMAL VET agende sua consulta através das de nossas plataformas.




*Não se esqueça que você que decide pela vida do seu pet, e com certeza você só quer o melhor. Com saúde não se brinca.

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