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Foto do escritorDra Fabíola Rodrigues - Veterinária

Guia completo do protocolo de vacinas para cachorros e gatos

Atualizado: 25 de mai.



Ter um animal de estimação é maravilhoso!


Contudo, este ato requer uma série de cuidados que são fundamentais para que tenha uma saúde duradoura e a qualidade de vida do pet — podendo ser um cachorro ou um gato — e assim sejam preservadas sua saúde. Afinal, o que é preciso fazer para que seu pet viva mais?


A imunização de cães e gatos funciona a partir de um calendário pré-definido, lembrando que o protocolo é individualizado, o médico veterinária irá dizer qual a melhor opção para cada caso, que conta com a vacinação de algumas das principais doenças que acometem esses animais.


Ainda que algumas sejam um procedimento fácil e acessível a todos, caso seu pet não seja vacinado e de preferência com vacina importada.


Se não vacinar seu pet existe uma série de outras consequências graves que pode acometer seu pet ou até mesmo levar o animal a óbito se não forem tratadas.


Pensando nisso, preparei um guia completo de vacinas para seu cão e gato e mostrar a todos vocês a importância da vacinação para os pets e todas as suas vantagens.


Discutiremos sobre cada uma das vacinas que se deve aplicar no pet, e as doenças que elas previnem, desde de quando devem ser aplicadas e as dúvidas mais frequentes. Ótima leitura!



Você sabe o que são as vacinas?





As vacinas são apresentada em forma líquida, são substâncias que são produzidas em laboratório a partir de frações de vírus, bactérias e outros agentes patógenos.


Tem como seu finalidade é estimular a imunidade do organismo contra esses causadores de doenças, tanto nos seres humanos, quanto nos animais.


Em algumas situações, a vacina não impede que o animal se contamine com certa enfermidade.


Apesar disso, atenua consideravelmente os sintomas das doenças, fazendo com que o pet não corra risco de vida. Em outros casos, imuniza o animal completamente pelo período estipulado pelo fabricante.



Como as vacinas atuam no organismo?


Em nosso corpo há um sistema devotado exclusivamente para a defesa de nosso organismo: que se chama imunidade.


Nesta situação, os leucócitos mais conhecidos como células brancas atuam na tentativa de inativação de vírus e outros corpos estranhos que entram em nossa corrente sanguínea por mais das diversas origens.


As células apresentam algo denominado como memória imunológica. A memória imunológica permite que as células identifiquem um agente que já visto antes.


Desta forma, no primeiro contato — ou seja, a primeira vez que adoecemos —, elas precisam conhecer como o patógeno age para poder se defender no futuro.


No segundo contato, já conhecem e agem muito mais ligeiramente, impedindo que a doença se desenvolva.



Qual a importância da vacinação?


O propósito da vacinação é estimular o primeiro contato do sistema imunológico com o patógeno em questão, fazendo com que ele o “estude”, e o compreenda e, assim, retenha as informações sobre a possível doença em sua memória imunológica.


Isso é realizado de forma sutil e branda, no entanto evita contágio mais complicado caso o animal entre em contato com a doença posteriormente.



Por esta razão, a vacinação assim como uma boa alimentação e, claro, muito amor e carinho — é um dos cuidados essenciais para o saúde e bem-estar dos nossos cães e gatos.


Com ela, prevenimos sérios problemas de saúde e garantimos uma qualidade de vida e mais tempo ao lado.



Qual a frequência de vacinação para cães e gatos?




Quando observamos o protocolo de vacinação, é comum que notamos a frequência indicada para o reforço das doses da vacinas. Com isso, fica a dúvida: essa regularidade é a mesma para todos os animais? Se todos os animais deve fazer o mesmo protocolo vacinal?


A resposta é não. O protocolo de vacinas depende de vários aspectos, alguns animais terão calendários diferentes do outros animais.


Essa frequência é individualizada e depende de uma série de condições, tais como: idade do pet, estilo de vida (se sai de casa; se tem contato com outros animais, vacinados ou animais de rua ou não; entre outros), presença ou não de doenças crônicas, alergias e dentre outros fatores.


Portanto, consulte um médico veterinário de sua confiança!



Existe algum tipo de risco quando vacina seu pet?


Na maior parte dos casos, a vacinação é algo muito seguro e que não oferece nenhum tipo de risco para a saúde dos cães e gatos. Mas ela pode sim, levar a alguns efeitos colaterais — especialmente no dia da aplicação.


Isso está associado com a resposta imunológica que o organismo gera com a aplicação da vacina e por isso, alguns sintomas como: febre, dores pelo corpo e um certo desânimo são reações comuns em alguns pets.


Apesar disso é sempre necessário considerar, associado a um médico veterinário de sua confiança, se há algo além do esperado.


Nos gatos, por exemplo, há um distúrbio conhecido como Sarcoma de Aplicação, denominado também como fibrossarcoma, por isso, aplicação de injeções de qualquer natureza devem ser ou evitadas, ou aplicadas em locais específicos do felino.


Por isso, é fundamental dispor de profissional especializados e de confiança!



Quais são as principais vacinas para cães?




Neste momento que já descobrimos como as vacinas realmente atuam, o que você acha de começarmos a entender um pouco mais sobre cada uma delas? A seguir, conversaremos sobre a vacinação em cães, uma espécie que tem várias doenças potencialmente fatais. Vamos lá!



V8 e V10


Mais conhecida como polivalente é uma das principais vacinas dadas aos cães, elas os protege contra uma série de doenças.


A V8 e V10, uma das mais comuns, protege os cães contra:

• hepatite infecciosa canina; • coronavirose; • parvovirose;

• cinomose, • parainfluenza; • leptospirose

  • V8 (sorovares Canicola e Icterohaemorrhagiae)

  • V10 (sorovares Grippotyphosa e Pomona)


Algumas destas doenças, como é o caso da tão temida cinomose e da parvovirose, podem levar os pets ao óbito em poucos dias. Por esse motivo, prevenir é sempre o melhor do que remediar!


A primeira dose destas vacinas pode ser dada a partir das 45 dias de vida do cão. O protocolo vacinal normal recomenda-se três doses, com intervalo de no mínimo 21 dias a 30 dias no máximo. Após a quarta dose, o reforço é uma única dose anual.


ANTIRRÁBICA


Essa vacina antirrábica protege os cães contra uma das doenças mais letais: a raiva.


Atualmente, esse problema está praticamente erradicada em território brasileiro, mais ainda se têm alguns casos isolados da doença, mais isso só é possível graças à vacinação em massa que o governo faz anualmente para pessoas que não podem pagar pela vacina, ou qualquer outra pessoa que queira vacinar seu pet gratuitamente.


Vale a pena enfatizar que a raiva é uma zoonose viral (vírus transmitido por animais), ou seja, uma doença que pode ser transmitida dos animais aos seres humanos e vice versa.


Além disso, ela não tem cura e basicamente caracterizada por atacar o sistema nervoso e em poucos dias, ela pode evoluir rapidamente para o óbito, levando à morte em praticamente 100% dos casos, independentemente de sua espécie.


Seu contágio é feito a partir da inoculação de patógenos na corrente sanguínea, normalmente por meio de mordeduras, ou até mesmo por contato de secreção de animais contaminados.


A vacinação da raiva pode ser feita nos cães a partir dos 4 meses de idade, após a finalização de todo o protocolo vacinal.


Ela é aplicada em dose única e conta, também, com reforço de uma dose anual, deve-se calcular um ano a partir da data da primeira dose de vacina administrada e não a partir da 3° dose.


Raiva canina, leia este artigo aqui e saiba mais!


GRIPE CANINA


A tosse dos canis, também conhecida como traqueobronquite infecciosa canina, é um problema que atinge muitos animais, particularmente durante o inverno.


Essa é uma enfermidade que, apesar de simples, pode evoluir para complicações mais graves, como uma pneumonia ou muitos outros sintomas.


Muitos tutores não acha importante fazer essa vacina, apesar das recomendações do médico veterinário e por isso nem todos os pets terão essa vacina inclusa em seus protocolo vacinal.


É importante considerá-la caso o seu bichinho saia muito de casa, viva em contato com outros animais ou até mesmo a sua casa seja o lar de muitos animais.


A gripe canina é altamente contagiosa e pode virar um evoluir para diversas complicações.

Ela é feita em duas doses, com intervalo no mínimo de 21 dias a 30 dias, com aplicação feita a partir das 8 semanas, ou seja, depois da primeira dose da V8.


O reforço também pode ser uma dose anual, sendo que deve determinar um ano a partir da data da primeira dose de vacina administrada e não a partir da 2° dose.


Saiba mais sobre a Gripe canina, não deixe de ler este artigo aqui;



GIARDÍASE


Vamos discutir sobre a giardíase, uma enfermidade de origem parasitária que acomete muitos cães. Ela prejudica o sistema gastrointestinal, provocando dores de barriga e fezes sanguinolentas e/ou esverdeada, muitas vezes com a presença de diarreia.


Deste modo o animal pode, além de sentir um forte desconforto, podendo levar o animal a uma desidratação e tendo algumas consequências graves para a saúde animal.


A giardíase pode ser tratada com o uso de alguns medicamentos, que conseguem atuar no parasita e eliminá-lo. Entretanto, constantemente, esse tratamento pode ser longo, fazendo uma prevenção no ambiente para evitar reinfecção.


Portanto, mais uma vez, é sempre bom lembrar de prevenir o surgimento dessa doença. Essa vacina funciona como a da gripe canina, ou seja, é feita em duas doses, com intervalos de 21 dias no mínimo a 30 dias, a partir da 8° semana de vida do animal.


O reforço também pode ser uma dose anual, sendo que tem de computar um ano a partir da data da primeira dose de vacina administrada e não a partir da 2° dose.


LEISHMANIOSE


A leishmaniose Visceral Canina, também conhecida como calazar, é uma doença muito grave que acomete cães e gatos de várias regiões do Brasil.


É transmitida por mosquitos palha e uma das formas de prevenção desta doença é o uso de coleiras repelentes que, infelizmente, nem sempre atuam com a eficácia desejada.


Esse é um obstáculo para o tratamento além de muito caro, longo e onerosa, que mesmo com o tratamento sendo feito pode trazer uma série de sintomas muito graves ao animal.


Além disso, esse inconveniente resultava, até certo ponto em nossa história, na eutanásia compulsiva dos soro positivos animais acometidos.


Atualmente, existe uma vacina disponível para que essa doença seja minimizada. É obrigatória a realização de exame sorológico prévio à vacinação de leishmaniose, certificando que o animal não apresenta nenhum sintoma clínico da doença e somente cães soronegativos para Leishmaniose Visceral Canina devem ser vacinados.


A sua aplicação, seu uso e recomendação são realizadas de forma muito específica, antes de aplicar a vacina considerando o quadro do animal e a quantidade de risco de contágio a que ele está exposto.


A vacina da leishmaniose pode ser realizada a partir de 4 meses de idade, efetuada em 3 doses com intervalos de 21 dias entre as doses, o reforço conta com uma dose anual ou a critério do médico veterinário, sendo que deve-se contar um ano a partir da data da primeira dose de vacina administrada e não a partir da 3° dose.


Importante!

  • Em ocorrência de atraso ou antecipação entre as doses da primo vacinação (três doses totais) de até 7 dias (1 semana), não é necessária nenhuma dose adicional da vacina.

  • Na condição de atraso em qualquer uma das doses da primo vacinação exceda 7 dias (e no máximo de 4 semanas), recomenda-se administrar uma 4a dose adicional da vacina.

  • Já na situação de atraso de qualquer uma das doses for superior a 4 (quatro) semanas, recomenda-se reiniciar o protocolo completo de vacinação (3 doses).


Converse com o médico veterinário especialista de sua confiança!




Quais são as principais vacinas para gatos?



O protocolo de vacinação dos gatos é um pouco mais simples e enxuto, mas, nem por isso, menos importante.


Então, vamos abordar sobre as principais vacinações para os felinos e quais doenças cada uma delas ajuda a prevenir ao longo da vida dos gatinhos. Confira!



V3, V4 OU V5


Chegou a hora de falarmos sobre a vacina polivalente dos gatos.


Ela protege o felino contra as seguintes doenças, algumas delas relativamente simples (como a rinotraqueíte), mas que podem ter consequências devastadoras para os animais caso evoluam para quadros mais graves: panleucopenia, rinotraqueíte, clamidiose e calicivirose.


A V3 também conhecida como Tríplice protege contra as seguintes doenças felina:

  • Calicivirose

  • Rinotraqueíte

  • Panleucopenia


Indicado para gatos que não têm acesso à rua, principalmente para os residentes em apartamentos.


A V4 também conhecida como Quádrupla protege de todas as vacinas da tríplice e mais a seguinte:

  • Clamidiose


Indicada para gatos que podem ter acesso a jardins ou em que o tutor não sabe se irá adquirir outro felino, quando o histórico é desconhecido.


A V5 também conhecida como quíntupla, protege contra todas as doenças da quadrupla, incluindo a :

  • FeLV


A quíntupla tem a mesma carga de proteção, mas com um complemento: ela protege, também, contra o vírus da FELV, a leucemia felina.


Antes de fazer a vacinação de seu felino deve-se realizar um teste determinará se o seu gato já foi exposto a essa doença.


Em situação do resultado ser negativo, ele poderá fazer esse protocolo vacinal e continuar livre desse quadro!


Algumas dessas enfermidades, como o exemplo da coronavirose, são transmitidas em locais mais simples, como um exemplo a caixa de areia.


Portanto, não é necessário um contato físico entre os felinos. O coronavírus, em gatos (assim como nos cães), pode ocasionar uma diarreia intensa.


Enquanto isso, nos felinos há um perigo maior: em algumas circunstâncias, o vírus pode sofrer mutação e converter em uma doença fatal, a PIF.


As vacinas polivalente: tríplice, quádrupla e quíntupla, em gatos, pode ser aplicada a partir das 9 semanas de vida do felino.


Ela também funciona com o esquema de 3 doses, com intervalo de 21 dias no mínimo cada dose. O reforço, nesse caso, também é anual.


No entanto, gatos indoor (ou seja, que não têm acesso à rua) podem precisar de um espaçamento maior. Consulte com seu médico veterinário responsável de sua confiança!


ANTIRRÁBICA


Recentemente, descobrimos como a importância de vacinar os nossos aumiguinhos contra a raiva.


A hidrofobia é outro nome para essa enfermidade, também pode afetar os gatinhos e ter um resultado fatal e nada esperado pelos tutores apaixonados por seus pets.


Bem como ocorre com os caninos, a vacina contra a raiva é aplicada apenas quando todo o protocolo vacinal da vacina polivalente é finalizado.


Isso fará com que o filhote fique mais forte e com o sistema imunológico mais amadurecido, com a finalidade de conseguir lidar bem com toda a carga viral desta vacina que, embora ela seja sutil, ainda pode causar um certo mal-estar.


Desta forma, a vacinação contra a raiva em gatos é feita apenas após 4 meses de vida do animal. Ela também é aplicada em uma dose única e o seu reforço é feito anualmente.



Como é feita a aplicação das doses?


Agora que já conhecemos como atuam as vacinas, quais enfermidades elas previnem, fica a pergunta: como é realizada, afinal, essa aplicação.


Cada médico veterinário terá o seu modo de protocolo vacinal. No entanto, algumas regras valem para todos.


Elas incluem:

• fazer um exame físico, avaliando as condições de saúde animal antes da aplicação (o animal não pode estar enfermo ou febril, já que a vacina pode não apenas piorar o quadro, mas também deixar de ser eficaz); • coleta do histórico daquele pet para a determinação do protocolo de vacinação.


Após disso, o médico veterinário fará a assepsia da região que irá ser aplicada a vacina e administrará a vacina por via subcutânea, em poucos segundos.


Alguns animais podem sentir um certo incomodo, porém é uma situação passageira, assim como acontece com os seres humanos.


No dia, mime e dê muito carinho, para o seu pet e deixe-o bem confortável na sua casa!


A Clínica Veterinária e Pet Shop Animal Vet está pronta para te atender, com equipe especializada e qualificada, agende um horário.




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Gostou e quer entender mais sobre o protocolo de vacinação de cães e gatos?


Com esse guia, você fica ainda mais bem informado sobre a saúde de seu grande amigo e pode, enfim, discutir sobre o protocolo vacinal individualizado de vacinas de seu pet com um médico veterinário de sua confiança.


A saúde de seu companheiro agradece!


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Este artigo é meramente informativo. Não nos responsabilizamos por tratamento baseado no artigo. Não dispensando a consulta médica veterinária. Em caso de dúvida consulte o médico veterinário aqui na ANIMAL VET agende sua consulta através das de nossas plataformas.


*Não se esqueça que você que decide pela vida do seu pet, e com certeza você só quer o melhor. Com saúde não se brinca.






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